Tércio Solano Lopes
Especial de Recife
Agora, sim. São duas conceituadas companhia aéreas que compõem a aviação comercial brasileiras – A Gol Linhas Aéreas inteligente, que pende pesadamente com modernas aeronaves Boeings, e Azul Linhas Aéreas, que vem ostentando um prestigio com seus aviões Embraer 190 e 195 de alta performance. Ambas presente em quase todos os aeroportos do pais, principalmente nos novos mercados regionais que vem explorando. Agora, as duas, poderão disputar os céus de Parnaíba na viabilidade de uma fatia desse mercado regional no litoral Norte do Piauí. É o que podemos definir como briga pelo mercado. Isso mesmo, e nos faz recordar os anos 50, quando o Comandante Linneu Gomes, um dos fundadores e presidente da Real Aerovias, acreditou em Parnaíba, acrescentando uma escalão, nesta cidade em seus voos doméstico. Segundo as informações obtidas por Linneu, esta região não passava de uma simples terra sem futuros em relação aos voos. No entanto, Linneu não pensava dessa forma. Sua organização falava uma linguagem de otimismo. Assim, os parnaibanos eram então beneficiados com uma linha regular, onde esses voos se estenderam até o fim da existência desta empresa aérea. E tinha como representante em Parnaíba o senhor João Baluz.
Hoje, o destino litorâneo piauiense é atendido pela Azul, que opera um voo semanal, aos sábados, com aviões EMBRAER 190 para 110 passageiros. Enquanto a Gol, que também pretende introduzir-se na rota ligando Parnaíba a São Paulo Teresina e Fortaleza. Certamente empregará equipamentos de última geração como Boeings 737 400 com duas freqüências semanais.
Para isso, recentemente em Parnaíba, houve no auditório do Sebrae uma reunião entre os secretários da área de Turismo do Piauí junto ao Trade do litoral da região Serra Nordeste para estudarem juntos a proposta de viabilidade por parte da Gol. Onde segundo informações, a empresa área receberá oficialmente uma oferta que garante 55 assentos reservados exclusivamente aos passageiros da região.
De Recife, por meio de telefone móvel me comuniquei com alguns parnaibanos, onde todos foram unânimes em confirmar: “Estamos muito felizes, pois somente assim ter a oportunidade de escolher em qual empresa viajar”, afirmaram.
Um pouco de história
Como tantas outras companhias aéreas que operaram em Parnaíba, a exemplo da poderosa Varig, a companhia resolveu introduzir seus modernos e possantes quadrimotores Electra II, para 85 a 90 passageiros em Parnaíba. No entanto, para que esse aparelho pudesse entrar em operação comercial nesta cidade teria de atender aos requisitos exigidos por lei, conforme os órgãos ligados a aeronáutica, e algumas condições impostas pela empresa aérea gaucha. Embora o Aeroporto de Parnaíba naquela época, inicio da década de 70, já possuindo o certificado de homologação expedido pelo extinto Departamento de Aviação Civil hoje ANAC- Agencia Nacional de Aviação Civil, o aeroporto era então adequado para operação de aviões de grande porte, como o Electra II. Até porque, para quem não sabe ele é um aeroporto de localização estratégica em relação às aerovias do Atlântico Sul, aos grandes centros europeus. Pois bem… Nada mais natural a empresa operadora fazer uma inspeção técnica da pista principal, onde seus aviões vão pousar, assim como do pátio de manobra de aeronaves.
Portanto, certo dia um dos diretores da Varig, Afrânio Sales de Oliveira, enviou um telex para o nosso saudoso Vicente Correia comunicando que estaria mandando um engenheiro da companhia para inspecionar a pista do Aeroporto de Parnaíba.
Dias depois, quando o engenheiro chegou e disse a seu Vicente Correia que não era preciso olhar para sua agencia. Pois ele tinha um prestigio muito grande diante da Varig pela sua organização. Tudo funcionava dentro da ordem. Porém havia um detalhe importante, enfatizou o engenheiro. Era preciso verificar as condições do aeroporto. Tudo bem, disse Vicente Correia. Foram ao aeroporto e solicitaram permissão ao destacamento da FAB para inspecionarem a pista de pouso e decolagem.
Após percorrerem e inspecionarem toda área do aeródromo, o engenheiro verificou que havia milhares de pedrinhas ao longo de toda a pista, o que poderia provocar a derrapagem dos aviões. E disse o engenheiro ao senhor Vicente Correia, o jeito que tem é varrer toda a pista. Vicente Correia respondeu é só isso ? Vou providenciar agora mesmo. Telefonou para a prefeito Dr. João Silva Filho e contou a história. Por sua vez, João Silva logo tomou todas as medidas cabíveis, providenciando 100 homens para varrerem a pista. Depois disso o Electra II passou a pousar normalmente em Parnaíba.