A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse em uma rede social, neste sábado (1º), que a presidenciável Marina Silva (Rede)“sempre foi dissimulada” e criticou a ex-senadora por ter se aliado na eleição de 2014 a Aécio Neves (PSDB), a quem chamou de golpista.
As críticas da petista, feitas via Twitter, ocorrem dois dias depois de entrevista de Marina ao Jornal Nacional na qual ela disse queDilma e Michel Temer (MDB) “são farinhas do mesmo saco, angu do mesmo caroço”, já que “ambos cometeram os mesmos crimes de caixa dois, de desvio de dinheiro público”.
Dilma iniciou a sequência de três mensagens escrevendo: “De tanto se esconder e se omitir dos problemas do país, a ex-senadora Marina Silva, que sempre foi dissimulada, agora difama. Fui vítima de um golpe cometido por uma aliança acusada de corrupção e gravada querendo o golpe para ‘estancar a sangria”.
A ex-presidente afirmou ainda que Marina nega existir “um golpe e um governo golpista”, mas, segundo ela, “apoiou e continua apoiando” ambos.
“Fui vítima do golpismo do senador Aécio Neves, que não soube perder a eleição. Candidato apoiado pela ex-senadora Marina, que lutou para elegê-lo, mesmo o conhecendo bem”, disse Dilma, relembrando o apoio da ex-senadora ao tucano no segundo turno da eleição passada.
“Por isso, as avaliações da ex-senadora procuram esconder sua notória omissão e seus equívocos políticos. Assim, não lhe reconheço qualquer autoridade política e ética para me avaliar”, concluiu a petista, que concorre a uma vaga no Senado por Minas Gerais.
Marina foi favorável ao impeachment, mas tem reiterado durante a campanha que defendia uma decisão ainda mais dura, com a cassação da chapa Dilma-Temer.
No JN, a presidenciável falou ainda que Dilma e Temer “não apresentaram nada, não têm legitimidade, não têm credibilidade” e que a Operação Lava Jato mostrou que tanto Dilma quanto Aécio “praticaram crime de caixa dois”.
A ex-senadora, que cumpre agendas de campanha no Rio de Janeiro, ainda não se manifestou sobre as afirmações da adversária. Candidata pelo PSB em 2014, Marina foi duramente atacada pelo PT de Dilma e ficou fora do segundo turno.