O trabalho de monitoramento e de coleta de material contaminado pelas manchas de óleo continua no litoral do Piauí. Segundo a auditora fiscal ambiental, Waneska Vasconcelos, já foram retirados 300 kg de material dos 66 km de litoral.

“Foi recolhido até o momento 300kg. Nesse primeiro momento estamos coletando e armazenando. E estudando possíveis descartes para esse material”, explicou Waneska.

Foram encaminhadas ações para os municípios de Parnaíba, Ilha Grande, Cajueiro da Praia e Luís Correia com o objetivo de dar continuidade ao monitoramento e recolhimento dos resíduos. “Cada prefeitura ficou responsável pelo monitoramento das praias e vai disponibilizar equipamentos de segurança e local para receber esse material”, informou a auditora.

Nessa terça-feira (22), auditores fiscais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) estiveram em Ilha Grande realizando treinamento para coleta e armazenamento adequado das substâncias oleosas.Também serão treinadas equipes designadas pelas prefeituras de Cajueiro da Praia, Parnaíba e Luís Correia.

Relatório ambiental

De acordo com relatório de monitoramento ambiental emitido pela secretaria no dia 18 de outubro, foram encontradas manchas de óleo dispostas pontualmente nas praias piauienses, variando de 2 cm a 1 metro e 40 cm. O documento foi formulado por duas biólogas e um engenheiro químico.

As manchas de óleo ocorrem de forma pontual e, em sua maioria, não apresentam aspecto de óleo fresco, sugerindo que já estão depositadas há certo tempo. “A situação apresentada não significa que novas manchas não possam aparecer posteriormente”, aponta o relatório.

O óleo estava depositado em sedimentos arenosos, rochas e resíduos sólidos, como plásticos, cordas e pedaços de madeira ou preso a algas. “Ainda não foi possível dimensionar os impactos ambientais na fauna e flora marinha, pois é necessário a realização de estudos mais aprofundados”, assinala o documento.

O gerente de Fiscalização da Semar, Renato Nogueira, explica que provavelmente o óleo será usado para fabricação de material para construção.

“Como a nossa quantidade é pequena, estamos fazendo a limpeza e aguardando a orientação do governo federal quanto ao descarte. Outros estados onde a quantidade é maior, esse material está sendo destinado para coprocessamento na indústria de cimento”, informou.

Valmir Macêdo (Com informações da Semar)
valmirmacedo@cidadeverde.com

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