Levantamento realizado pelo Núcleo de Estatísticas do Sistema Prisional do Piauí, setor vinculado à Secretaria de Justiça (Sejus), aponta que 20% da população carcerária do Estado está inserida em programas educacionais nos presídios.
Esse percentual, de acordo com o Núcleo, corresponde ao número absoluto de 838 detentos que finalizaram o ano de 2016 dentro da sala de aula, no universo total de 4.182 pessoas privadas de liberdade no sistema prisional estadual.
Em relação a 2014, quando apenas 164 detentos (5,1%) estudavam no sistema prisional do Piauí – no universo total de 3.224 pessoas presas –, o crescimento do índice de educação nos presídios em 2016 corresponde a 292%.
Já na comparação do ano passado com 2015, o aumento no número de presos estudando foi de 57%. Naquele ano, quando a população carcerária era de 3.707, o número de detentos inseridos em programas de educação no Piauí era de 470.
De acordo com a Coordenadoria de Ensino Prisional da Sejus, as matrículas para o ano letivo 2017 nos presídios já iniciaram e seguem até o dia 7 de fevereiro. A meta, de acordo com o órgão, é fazer com que o máximo de detentos permaneçam na sala de aula.
Na opinião da secretária de Educação do Estado, Rejane Dias, a educação é a principal ferramenta para a ressocialização das pessoas privadas de liberdade, pois fornece a elas as condições de crescer como cidadãos pelo próprio esforço.
O secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, observa que o Plano Estadual de Educação nas Prisões, elaborado pela Sejus e pela Secretaria de Educação, já está em vigência e todas as unidades penitenciárias serão beneficiadas com educação em 2017.
“Nossa meta de universalização do ensino no sistema prisional do Piauí está sendo cumprida. Esses números nos deixam otimistas e, sem dúvida, aumentaremos esse percentual até 2018, garantindo acesso ao ensino de qualidade e reforçando o processo de ressocialização”, pontua.