Passeata de gangues levam tumultos a vários bairros de Sobral (CE)

Passeata de gangues levam tumultos a vários bairros de Sobral (CE)

Uma operação da Polícia Militar prendeu 70 pessoas suspeitas de integrarem facções criminosas em Sobral, no interior do Ceará, nesta terça-feira (28). De acordo com o tenente-coronel Assis Azevedo, comandante do 3º Batalhão, membros de gangues que eram consideradas rivais se reuniram para fazer uma passeata que marcaria “paz entre as facções”.

“A Polícia Militar acompanhou o evento desde o início porque sabemos que são pessoas que têm problemas com a Justiça e com as polícias. O ato começou de forma pacífica, mas depois houve afronta às pessoas de bem, ameaças, infrações de trânsito e desacato”, explica o policial responsável pela operação.

Segundo a Polícia Civil de Sobral, a delegacia municipal da cidade enfrenta superlotação com a operação, mas deve liberar parte dos suspeitos, se não forem identificados crimes graves. De acordo com Assis Azevedo, a ação das facções se caracteriza como apologia ao crime, o que justifica a condução até a delegacia.

“Não existe união entre criminosos. O objetivo deles é mostrar força de gangues e afrontar a polícia, como eles manifestaram o crime como algo positivo na caminhada, tivemos que fazer a prisão por apologia ao crime”, explica.

Os policiais iniciaram a triagem dos presos por volta das 17h30 desta terça. Segundo a Polícia Militar, foi identificado que uma pessoa tem mandado de prisão em aberto e pelo menos outros 13 já têm passagem na polícia. Vinte policiais atuaram na operação que prendeu as 70 pessoas.

Caso na Grande Fortaleza
O policial responsável pelas prisões lembra que o caso foi parecido com o ocorrido na Grande Fortaleza no dia 23, quando 32 pessoas foram presas durante uma assembleia de facções criminosas.

A facção criminosa que foi presa durante uma operação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) praticava ataques a órgãos públicos e a instituições financeiras. A informação foi repassada pelo delegado Raphael Vilarinho, titular da DRF.

De acordo com Vilarinho, o grupo era investigado pelo menos há seis meses, desde que começou iniciou uma onda de ataques a órgão públicos e ataques contra agências bancárias no interior do Ceará.

“Era uma organização criminosa que vinha atuando no Brasil todo. E não seria diferente aqui no Estado do Ceará. As investigações começaram desde quando iniciaram os ataques a orgãos públicos e a instituições financeiras”, disse.

(G1 Ceará)

 

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