O Governo do Estado do Piauí, por meio da Superintendência de Parcerias Público-Privadas (Suparc), realizou, nessa quarta-feira (27), um roadshow para apresentar os detalhes e oportunidades de investimentos no Porto de Luís Correia por meio de parcerias público privadas, no Intercontinental Hotel, em São Paulo. O evento foi promovido em parceria com o GRI Club Infra.

Na oportunidade, o projeto foi apresentando para cerca de 80 executivos, entre investidores, operadores, desenvolvedores e especialistas com ênfase no setor portuário e turístico. De acordo com a superintendente de Parcerias Público-Privadas, Viviane Moura, essa é uma etapa fundamental para que o mercado, além de conhecer, possa se posicionar sobre o projeto. “Isso faz com que no nosso processo licitatório eles tenham total interesse. Amplia a competitividade e garante que, além de contratado, ele seja executado e operado com eficiência, qualidade e excelência”, comentou a gestora.

Após essa etapa inicial, de apresentação do projeto ao mercado, será aberta uma consulta pública nos próximos meses. A licitação está prevista para ocorrer em 2020. Viviane destacou o diferencial do projeto que, segundo ela, é mais do que um porto. “É uma infraestrutura econômica que deixa de ser um mero escoador e fortalece a cadeia produtiva do estado”, disse Moura.

O terminal portuário é considerado fundamental pelo governo piauiense para impulsionar ganhos de produtividade, crescimento econômico e desenvolvimento estadual e regional e tem como um dos destaques da proposta a expansão do potencial da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) Parnaíba – uma área de 313,5 hectares, que possui, entre outras vantagens, a facilidade dos trâmites aduaneiros e benefícios fiscais e financeiros.

A obra do Porto de Luís Correia foi iniciada há 40 anos, mas pouco evoluiu e a parceria público privada se mostra muito viável. O modelo proposto é de concessão plena, em um contrato de 35 anos, dos quais três serão dedicados às obras.

Os consultores do projeto Daniel Roberto Campagnolo e Marlon de Freitas Bezerra e a superintendente Viviane Moura apresentaram os principais detalhes da proposta, incluindo minúcias dos estudos técnicos, de demanda e de viabilidade, e o modelo de negócio, com investimentos (capex) estimados em R$ 258,2 milhões e orçamentos de despesas (opex) de R$ 7,6 milhões/ano. A projeção de receita, segundo o governo piauiense, é de R$ 56 milhões ao ano, com uma taxa interna de retorno de 9,84%

Wellington destacou o potencial das parcerias e a importância da segurança jurídica, que é um dos grandes desafios do Brasil. “Estou no meu quarto mandato e todos os projetos de longo prazo prosseguiram. Nesse contexto, é preciso ter cuidado para evitar parcerias que comprometam as finanças do Estado”, disse o governador.

Participaram do evento nomes como Rodrigo Reys Etchenique (Construcap), Fabio Gaeta (Transdata), Rubens Cardoso (Lyon Capital), Alberto Zoffmann (XP Investimentos), Danilo Marcondes (GLP Brasil), Otto Kux (Grupo Enclaso), Guilherme Galego (Santander) e Daniel Rizotti de Oliveira (Carioca Engenharia).

Autoria: Tamyres Rebeca
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