O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, afirmou nesta terça-feira (21) que o governo deve fazer leilões de concessão de ao menos mais dez aerportos do país, mas não assegurou que os certames aconteçam ainda neste ano. “Pelo tempo não sei se é possível”, disse.
Ele não forneceu a lista completa de aeroportos que podem ser leiloados, mas declarou que devem ser contemplados os aeroportos de Goiânia, Recife e de Vitória.
“São aeroportos de menor porte que poderiam entrar. Há uma lista extensa que estamos avaliando. Goiânia esta sendo estudado, Vitória e Recife. Isso está sendo discutido”, declarou ele, após participação em evento promovido pelo “Council of the Americas” e pela Apex em Brasília.
De acordo com o ministro, os aeroportos de Santos Dumont (Rio de Janeiro), de Manaus, de Congonhas (São Paulo) e de Curitiba devem permanecer com controle da Infraero, mas acrescentou que “tudo está em debate”.
“Estamos discutindo quais aeroportos ficam com a Infraero e quais aeroportos e quais formarão uma nova rodada de concessões. Aqueles quatro [Santos Dumont, Congonhas, Manaus e Curitiba] estamos discutindo de ficarem com a Infraero e outros menores iriram para leilão. Ainda não fechamos o número”, declarou Dyogo Oliveira.
Leilões realizados
Na semana passada, o leilão dos aeroportos de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) garantiu ao governo uma arrecadação de R$ 3,72 bilhões em todo o período da concessão, cerca de 23% acima do valor esperado pelo governo, de R$ 3,014 bilhões. O ágio ficou bem abaixo dos valores praticados nas primeiras rodadas de concessão de aeroportos.
Os lances mínimos foram fixados com base em 25% do valor da outorga e esses valores terão que ser pagos no momento da assinatura do contrato. O governo garantiu uma arrecadação para esta etapa no valor de R$ 1,46 bilhão, o que representa um ágio de 94% sobre o mínimo estabelecido pelo edital (R$ 753 milhões).
Três grupos estrangeiros – a francesa Vinci, a alemã Fraport e a suíça Zurich – levaram as concessões dos quatro aeroportos. Ao contrário dos leilões anteriores, eles entraram na disputa sem sócios no Brasil. Nenhum grupo brasileiro apresentou proposta pelos quatro aeroportos.