ctpsDados coletados pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais) no ano de 2015, do Ministério do Trabalho Emprego e Previdência Social, apontam que o Piauí foi o estado com o saldo mais positivo na criação de empregos formais no país. A pesquisa foi divulgada na sexta-feira (16), e ressalta que o Piauí formalizou, somente no ano passado, 3.046 vagas.

Mesmo antes de 2015, o único ano no qual o Piauí não ultrapassou a faixa de formalização acima dos 10 mil empregos foi em 2007, com apenas 5.583. Segundo o recorte geográfico, os dados mostram que as três unidades da Federação com crescimento positivo no ano foram o Piauí com (+ 3,0 mil postos ou +0,67%), Acre (+2,8 mil postos ou +2,14%); e Roraima (+2,2 mil postos ou +2,38%). Nos outros estados, houve queda no nível de empregabilidade.  As quedas maiores foram na região Sudeste (-900,3 mil postos), no Nordeste (-233,6 mil postos) e no Sul (-217,2 mil postos).

No Piauí, os setores que mais empregaram foi o de serviços (9.242) e comércio (3.109), com 12.351 contratações. Com relação aos números por sexo e escolaridade, 208.719 mulheres foram contratadas, dessas, apenas 68.941 tinham o ensino superior completo. Sobre a faixa etária, as pessoas com 30 a 39 anos são as mais contratadas.

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O secretário de Estado do Trabalho e Empreendedorismo, Gessivaldo Isaías, comemora o crescimento dos números de empregabilidade do estado e ressalta a importância das ações da Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Setre) para esses resultados. “Nosso dever é trabalhar para que o nosso estado cresça na economia e no ramo de empregos e serviços. Com a pesquisa, vimos que os trabalhos voltados à qualificação profissional e ao empreendedorismo têm ajudado bastante a nossa população”, conclui o gestor.

O número de empregados em relação às Pessoas com Deficiência (PCD) cresceu 5,75%, resultando em um acréscimo de 22 mil empregos, em comparação com 2014. Com esse resultado, o universo formal passou a contar com 403,2 mil vínculos com PCD, o que corresponde a um percentual de 0,84% do total dos vínculos empregatícios da Rais 2015.

Rais

A Rais foi instituído pelo decreto nº 76.900/75, que obriga as empresas a prestarem declaração anual ao MTE. A cobertura abrange o universo dos empregados celetistas, estatutários, avulsos, temporários, dentre outros. As informações são separadas por dados de remuneração, grau de instrução, ocupação, nacionalidade, além de setores de atividade econômica, área geográfica e outras.

É um instrumento utilizado pelo governo para identificar os trabalhadores com direito ao recebimento de abono salarial. Os dados são compartilhados e servem de apoio para estudo e execução de diversas ações governamentais, como a fiscalização trabalhista, a gestão do FGTS, dos beneficiários da previdência e da assistência social. A Setre é também uma das instituições do estado que trabalha para auxiliar no crescimento da economia e da empregabilidade por meio do fortalecimento do empreendedorismo, qualificações profissionais e ofertas de empregos.

As informações da Rais ainda permitem o controle da mão de obra estrangeira no país, auxilia na definição das políticas de formação de mão de obra, gerando estatísticas sobre demanda e oferta de emprego no mercado de trabalho formal. Ao todo, foram 8,3 milhões de estabelecimentos que declaram a Rais no país.

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