Uma das maiores esperanças de medalhas do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016, a judoca Sarah Menezes fará até jejum para tentar conquistar bons resultados na competição. Por lutar na categoria mais leve do judô, o peso ligeiro, a atleta não pode ultrapassar os 48 quilos e, com a pesagem marcada para amanhã (5), ficará sem comer nem beber nada para não ter problemas com a balança.
“Eu estou no peso, mas tenho que manter. É só aguardar a pesagem. Fico quietinha, sem falar muito, sem beber e sem comer nada. Vai ser assim até amanhã”. A pesagem ocorre sempre um dia antes da luta. Por isso, mesmo depois de passar pelo crivo da balança, a atleta garante que não costuma cometer nenhuma extravagância. “Muita hidratação e fazer as coisas com calma.”
Ouro em Londres, em 2012, a judoca também demonstra tranquilidade quando o assunto é a pressão por competir em uma Olimpíada em casa. “Tem pressão com certeza, mas eu procuro não ficar com isso na minha cabeça. Vou deixar a pressão de lado e entrar só para lutar. Agora eu sou a atleta a ser batida. Sou a campeã olímpica. Mas também sou tranquila neste aspecto”, disse.
Sarah, no entanto, reconhece que terá adversárias duras no caminho do bicampeonato olímpico. “É difícil falar sobre favoritas. Na minha categoria tem mais de dez atletas que podem surpreender. Mas não me preocupo coisa nenhuma de adversárias. Até porque não é escolha.” Sarah Menezes vai lutar no sábado (6), a partir das 10h, na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico.
Batalha contra lesão
No mesmo dia, o judoca Felipe Kitadai, bronze em Londres, também vai entrar no tatame. Para chegar à Rio 2016, o atleta diz que já abateu o principal inimigo: uma lesão no ombro em marõ deste ano.
“Estou recuperado. Pouca gente acreditava que eu ia voltar de uma lesão daquelas em 40 dias. Mas foi um momento de superação e eu estou 100%. Meu ombro está zero”, disse.
Sobre os adversários, Felipe Kitadai lista três grandes oponentes: “Os principais são o japonês [Naohisa Takato], campeão mundial de 2013, o do Cazaquistão [Yeldos Smetov], campeão mundial de 2015); e o do Azerbaijão [Orkhan Safarov], campeão mundial masters. São os mais cotados para medalhas”, reconheceu.
No entanto, nenhum dos adversários do brasileiro terá uma ajuda que, segundo ele, é fundamental. “A torcida só tem o que acrescentar quando lutamos em casa. Quando a gente está sem força, é empurrado e dá o máximo.”